Muito se fala sobre implantes dentários, muitas são as propagandas, e o paciente fica sem saber o que é o que não é possível se fazer.
O cirurgião José Jorge Schoichet, membro da American Dental Association, especialista em Implantodontia e Periodontia, elucida algumas questões sobre as quais os pacientes devem estar atentos quando se programarem para este tipo de tratamento.
O cirurgião explica que o implante dentário é um “parafuso” de titânio, geralmente com forma assemelhada à raiz dentária. É utilizado, em Odontologia, como suporte para algum tipo de prótese dentária (não é a prótese propriamente dita, e sim um artifício para “substituir” raízes dentárias perdidas).
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É instalado no osso do paciente (na mandíbula/inferior ou na maxila/superior), abaixo da gengiva. Sobre o implante, o cirurgião-dentista instalará alguma prótese dentária (esta sim similar aos dentes/coroas perdidos).
Em geral, a partir da idade de adultos jovens (após a finalização do crescimento ósseo, depois da adolescência) até idades avançadas, a maioria dos pacientes pode se candidatar á instalação de implantes osseointegráveis.
O fundamental, segundo Schoichet, é um profundo estudo do caso específico do paciente, com exames da cavidade bucal (exame clínico, radiografias, modelos articulados, tomografias) e de saúde geral (exames laboratoriais e risco cirúrgico quando necessário).
No entanto, o cirugião alerta que existem contra-indicações de ordem absoluta, que desabilitam o paciente a receber implantes osseointegráveis, como por exemplo cardiopatas de alto risco e de ordem temporária, como adolescentes antes do término do crescimento ósseo (após a finalização do crescimento estão aptos), usuários de medicamentos tais como alendronato/bifosfonados, pacientes diabéticos e hipertensos “descompensados” (após controle podem se candidatar a receberem implantes ).
O cirurgião José Jorge Schoichet esclarece também que os implantes não rejeitam, pois o titânio (material de que é feito o implante) é bioinerte, não causando nenhum tipo de reação por parte do osso ou do organismo.
"Podem haver problemas relacionados ao planejamento pré-cirúrgico( ligado à quantidade ou qualidade óssea), à cirurgia (aquecimento ósseo demasiado, uso de instrumentos com a fiação deficiente) ou ainda ao pós-operatório (infecções e não cumprimento de orientações pós-operatórias), que podem levar a complicações ou ainda ao insucesso dos implantes", explica.
Ainda de acordo com o cirurgião, não existem dados científicos comparando os implantes produzidos no Brasil com implantes produzidos no exterior. "O Brasil se encontra hoje numa posição de um dos maiores fabricantes e também exportadores de implantes osseointegráveis do mundo.
Os principais fabricantes de implantes dentários do Brasil desenvolvem projetos de pesquisa e desenvolvimento avançados nesta área, principalmente com grandes centros de pesquisa científica nacionais (inclusive algumas delas com aprovação dos órgãos de controle americanos e europeus, além da nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária), diz Schoichet.
O cirurgião também comenta sobre as novidades em implantes dentários. "Esta área está sempre com novidades e em evolução constante. As mais atuais são técnicas que permitem, em casos selecionados, instalar implantes quase sem cortes (mínimas incisões somente para a passagem dos implantes), o que gera um pós-operatório ainda mais confortável.
Coroas protéticas que podem ser executadas em impressoras 3D; fresadoras que diminuem o tempo de tratamento e aumentam a precisão dos trabalhos e ainda novos tipos de implantes que vêm diminuindo drasticamente o tempo de espera para a colocação das próteses definitivas", conclui.
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